quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Quatro


E dois dias depois de entender que precisava me libertar do acordo sem palavra, tomei coragem e fui procurar Otávio. Nem sei de onde tirei coragem pra ir atrás dele, só sei que fui.

E no caminho pensei em várias coisas. Sabe, fiquei lembrando dos momentos juntos, da maneira como ele entrou em minha vida sem pedir permissão e a maneira que ele foi embora sem mais nem menos. E envolta aos meus pensamentos eu só ficava mais triste e insegura.

Só que me lembrei de uma dia que saímos para  comer e de repente o telefone dele tocou, e ele ficou assustado, foi atender longe de mim. Naquele momento nem imaginei quem era, ou o que fez com que Otávio simplesmente quase fugisse para atender o telefone. Nós não tínhamos o costume de olhar o celular  do outro, sempre achamos que a privacidade era algo importante.

Dois quarteirões antes de chegar na casa dele eu parei, respirei e contei até 10 pra ver se era melhor desistir. Foi quando eu dei mais dois passos e  parei. Dessa vez, a cara de assustada foi minha. Não consegui acreditar no que estava vendo, foi demais para mim. Fechei os olhos e abri novamente, era Otávio, totalmente irreconhecível. Realmente muito diferente e ele não estava sozinho. 

Foi aí que novamente lembrei do telefonema.




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